"Posso te desafiar"?
Essa talvez fosse a indagação mais importante do início dos anos noventa.Durante a minha infância e pré adolescência essa frase tinha múltiplos sentidos,mas em suma era um momento decisivo que separava o joio do trigo.Entrar contra outra pessoa no fliperama não significava simplesmente "pressa de jogar",havia uma questão de briga por território.Era algo como Aquiles desafiando Heitor no filme "Tróia",embora alguns "viciados" se respeitassem e aprendessem uns com os outros, entrar contra e ganhar significava ser o "Macho dominante" da máquina,o referencial de especialista,o temido,o invejado entre outros predicados.
Mas outro tipo de jogador causava mais impacto.Aquele não perguntava nada,simplesmente colocava a ficha,assumia o controle 2 e retirava todos os pirralhos que costumavam ficar plantado nele de forma hostil.
Essa talvez fosse a indagação mais importante do início dos anos noventa.Durante a minha infância e pré adolescência essa frase tinha múltiplos sentidos,mas em suma era um momento decisivo que separava o joio do trigo.Entrar contra outra pessoa no fliperama não significava simplesmente "pressa de jogar",havia uma questão de briga por território.Era algo como Aquiles desafiando Heitor no filme "Tróia",embora alguns "viciados" se respeitassem e aprendessem uns com os outros, entrar contra e ganhar significava ser o "Macho dominante" da máquina,o referencial de especialista,o temido,o invejado entre outros predicados.
Mas outro tipo de jogador causava mais impacto.Aquele não perguntava nada,simplesmente colocava a ficha,assumia o controle 2 e retirava todos os pirralhos que costumavam ficar plantado nele de forma hostil.
Esse tipo em especial,sabia que ganharia do oponente desafiado,mas ele entrava contra pelo simples prazer de humilhá-lo.Lembro-me que muitos garotos guardavam suas fichas esperando o tal sujeito ir embora,simples assim,sem medo de parecerem covardes,tão somente por não respeitarem o "folgadão" o suficiente para perder pra ele.
18 anos depois,crescemos,nos tornamos homens e muitos ficaram pelo caminho,mas o curioso é que ainda continuamos jogando o tempo todo.Mas desta vez o oponente é muito bom e merece respeito o DESTINO.Muitas vezes ele faz o papel do sujeito n°1 e pergunta se "pode nos desafiar?",e por mais que nos achamos que aprendemos com jogadas anteriores,percebemos que ELE aprendeu um golpe novo que nós não conseguimos defender e então acabamos perdendo mais uma vez.
Em outras ocasiões o DESTINO faz o papel do sujeito n°2;simplesmente nos desafia sem perguntar nada,então procuramos dar o nosso máximo para "defender as sequencias de golpes" enquanto há uma platéia enorme a nossa volta,quase sempre torcendo pela nossa derrota. Mas...é aí, nesse exato momento que paramos e pensamos: "Bem,já que não posso DESLIGAR A MÁQUINA O jeito é continuar jogando!" E essa atitude faz com que o cinzeiro transborde de fichas e desta vez quem desafia o DESTINO somos nós!
Em outras ocasiões o DESTINO faz o papel do sujeito n°2;simplesmente nos desafia sem perguntar nada,então procuramos dar o nosso máximo para "defender as sequencias de golpes" enquanto há uma platéia enorme a nossa volta,quase sempre torcendo pela nossa derrota. Mas...é aí, nesse exato momento que paramos e pensamos: "Bem,já que não posso DESLIGAR A MÁQUINA O jeito é continuar jogando!" E essa atitude faz com que o cinzeiro transborde de fichas e desta vez quem desafia o DESTINO somos nós!